Prédio da antiga Metalúrgica Abramo Eberle é patrimônio histórico tombado em janeiro de 2015

Hoje pela manhã, na sede do Palácio Piratini em Porto Alegre, foi entregue a escritura que oficializa a transferência do prédio da antiga Metalúrgica Abramo Eberle (Maesa) do Estado para o município de Caxias do Sul. O CAU/RS, representado pelo Conselheiro Carlos Eduardo Mesquita Pedone, é uma das 12 entidades que compõem a Comissão Especial para Análise do Uso do Prédio da Maesa, responsável por definir o melhor uso do espaço público e acelerar a liberação da parte do complexo que está ocupado pela empresa Voges.

A primeira ação da prefeitura será transferir a Guarda Municipal e a Secretaria Municipal de Segurança para um dos prédios da Rua Plácido de Castro. O plano também inclui a instalação de um mercado público, um centro de convenções, sala de cinema e biblioteca, com o objetivo de ocupar os 53 mil metros quadrados do complexo com finalidade cultural, de equipamentos públicos e de funcionamento de órgãos públicos.

História

Inaugurado em 1948, quando o império de Abramo Eberle completava 52 anos, o complexo conhecido como a Fábrica 2 concentrava os trabalhos de fundição, mecânica, forja e produção de talheres. Foi lá, por exemplo, que o Monumento Nacional ao Imigrante foi fundido, entre 1953 e 1954.

O complexo compreende todo o quarteirão entre as ruas Plácido de Castro, Dom José Baréa, Pedro Tomasi e Treze de Maio. Conforme a doutora em Arquitetura Ana Elísia Costa, autora da pesquisa “A Poética dos Tijolos Aparentes e o Caráter Industrial – Maesa”, o prédio segue o estilo das fábricas de padrão manchesteriano e das primeiras de caráter moderno no mundo e no Brasil.

Idealizada e projetada pelos arquitetos Silvio Toigo e Romano Lunardi, a Maesa envolve quatro quadras, deixando livre uma grande área verde, uma pracinha, um lago e algumas ruas internas de acesso, onde estão distribuídas galpões e edificações de um e dois andares. Maesa é a sigla para Metalúrgica Abramo Eberle Sociedade Anônima.

(Fonte: Pioneiro)