Centro de Memória

Lançamento do livro: Armando Boni – Entre o Clássico e a Modernidade

Com apoio institucional do CAU/RS e do IAB RS, o evento será realizado no dia 28 de março, às 19h, no Solar do IAB.
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Lançamento do Livro

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O lançamento de Armando Boni – Entre o Clássico e a Modernidade acontece no dia 28 de março, às 19h, no Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB-RS, no Solar Conde de Porto Alegre. O evento reunirá autores, arquitetos e apreciadores da história da cidade para um momento de troca e reflexão sobre o impacto do legado de Boni na paisagem urbana de Porto Alegre. Além da apresentação do livro, será uma oportunidade para discutir a preservação do patrimônio e a importância da memória arquitetônica na construção do futuro. 

“Sendo arquiteta, achei que organizar um livro sobre ele seria uma bela homenagem à sua memória e aos trabalhos que realizou tanto no interior do Rio Grande do Sul como em Porto Alegre. E além disso, pensei em ampliar o conhecimento de alguns marcos da arquitetura na nossa cidade”, conclui Flavia.

 

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Lançamento do Livro Armando Boni – Entre o Clássico e a Modernidade
Quando
: 28/03 – 19h
Onde: Solar Conde de Porto Alegre – Rua General Canabarro, 363. Centro Histórico, Porto Alegre.

Em 2024, o Centro de Memória do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CAU/RS) passou a incluir no seu acervo a Coleção Armando Boni. O importante acervo de projetos arquitetônicos foi descoberto na Casa Boni na década de 1990, após o falecimento de Giuditta Boni, esposa do arquiteto, e agora também é objeto de um livro sobre o seu legado: Armando Boni – Entre o Clássico e a Modernidade.

O Legado de Armando Boni

A Arquiteta e Urbanista, Flavia Boni Licht, é neta de Armando Boni e reconhecida por sua atuação na preservação do patrimônio histórico e na pesquisa sobre a arquitetura de Porto Alegre. Tem uma trajetória marcada pelo compromisso com a memória urbana e a valorização da história. Se dedica a projetos que conectam passado e presente, resgatando narrativas que moldam a identidade das cidades, como o seu novo lançamento.

No livro Armando Boni – Entre o Clássico e a Modernidade, prestes a ser lançado, Flavia presta uma homenagem afetiva ao seu avô materno, Armando Boni, um imigrante italiano que deixou sua marca na arquitetura de Porto Alegre no início do século XX. A obra combina pesquisa histórica, relatos familiares e artigos escritos por colegas Arquitetos e Urbanistas, que analisam algumas das edificações mais emblemáticas assinadas por Boni. 

“Ao conceber este livro e convidar colegas arquitetos para dividirem essa viagem comigo, pretendi conhecer melhor o meu avô. E também me aprofundar na afetuosa memória adquirida que guardo dele. Um homem aventureiro, romântico, audacioso e até divertido. Um profissional inovador, curioso, arrojado e criativo”, revela a Arquiteta. 

Entre as edificações mais icônicas, estão projetos que dialogam com a evolução urbana da cidade, como o antigo Auditório Araújo Vianna, a Livraria do Globo, o Palacinho e diversas residências. A arquiteta Flavia Boni Licht guarda com carinho as suas memórias.

 

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“Augmento de um andar e modificação do andar terreo no predio a’ rua Christovam Colombo esq. Santo Antonio do Snr Santo Meneghetti” / Acervo Centro de Memória do CAU/RS

 

Acervo no CAU/RS

Desde a localização dos materiais, a coleção passou por diferentes instituições, incluindo a Unisinos, onde sofreu dissociação e perda de alguns itens, cujo paradeiro ainda se busca, e mais recentemente esteve sob a guarda do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).

Em 2022, a partir da sugestão dos Arquitetos e Urbanistas Lucas Bernardes Volpatto e Tamaris Pivatto, o IAB, Flavia Boni Licht e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CAU/RS) oficializaram a transferência do acervo para o Centro de Memória do CAU/RS. A coleção passou por um rigoroso processo de triagem e avaliação e, em julho de 2024, foi oficialmente doada ao CAU/RS com a assinatura do termo de doação.

“No convívio familiar, aprendemos a cultivar o significado e a importância da memória. Assim, sempre guardamos fotos, cartas, cartões postais e, certamente, ecos e lembranças de conversas dos mais velhos. Em paralelo, tínhamos o acervo do escritório de Armando Boni, projetos, esboços, plantas, memórias de cálculo, orçamentos, tabelas, ofícios, cadernos de anotações. Com o acordo da família, esse conjunto foi doado para o Centro de Memória do CAU/RS; para o IAB-RS doamos os livros técnicos”, comenta a neta de Boni, Flavia Boni Licht.

Composta por cerca de 2 mil itens, referentes a mais de 100 projetos realizados tanto na capital quanto no interior do Rio Grande do Sul, a coleção agora será submetida a processos de higienização, acondicionamento, catalogação e digitalização. Posteriormente, os documentos estarão disponíveis em um repositório digital do Centro de Memória do CAU/RS.

Enquanto isso, pesquisadores interessados poderão acessar o acervo que já está digitalizado ou agendar visitas presenciais para consulta física no Centro de Memória do CAU/RS.

De todas as edificações feitas por meu avô sem a menor dúvida a Casa Boni é a que tem um significado especial para mim. E talvez mais do que por sua arquitetura e seus requintados interiores, e sim pela história que vivemos lá, os aprendizados, as convivências, as festas, alguns momentos de tristeza, muitas brincadeiras, todas as aventuras...

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Casa Boni – “Projecto de Edificio a ser construhido à Rua Marquez do Pombal” / Acervo Centro de Memória do CAU/RS

O livro não apenas resgata a trajetória profissional de Boni, mas também celebra sua personalidade inovadora, audaciosa e apaixonada pela arquitetura. “Talvez seu maior legado tenha sido o pensar de forma criativa e arrojada, que trouxe como resultado inovações como os pré moldados em argamassa armada, algumas iniciativas com pré-fabricados e, sem dúvida, a ousadia do uso do concreto armado nas dimensões da concha acústica do antigo Auditório”, reflete Flavia.

 

 

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Casa Boni – “Projecto de Edificio a ser construhido à Rua Marquez do Pombal” / Acervo Centro de Memória do CAU/RS

O livro não apenas resgata a trajetória profissional de Boni, mas também celebra sua personalidade inovadora, audaciosa e apaixonada pela arquitetura. “Talvez seu maior legado tenha sido o pensar de forma criativa e arrojada, que trouxe como resultado inovações como os pré moldados em argamassa armada, algumas iniciativas com pré-fabricados e, sem dúvida, a ousadia do uso do concreto armado nas dimensões da concha acústica do antigo Auditório”, reflete Flavia.

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